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Voar livre
Saber decolar e pousar é uma pífia parte do voo livre.
Voar livre é aumentar sua frequência no momento que você decidiu voar. Neste instante você já está voando, seu cérebro começa a recordar todos os sentimentos dos voos passados e alçamos voo, um voo imaginário. Seus músculos começam a se retorcer como no voo, suas pupilas dilatam, seu pulso dispara, seu sorriso aparece,seus problemas somem... Você começa a olhar o céu diferente, vou estar lá em alguns dias, aguarde-me.
No dia do voo, você acorda em flamas, vai ao banheiro diversas vezes, seu corpo está a mil por hora, olha a condição, prepara o equipamento cautelosamente, você se sente vivo.
Você encontra os seus amigos numa felicidade plena e parte para o voo. Desliga o celular e não quer que nada ou ninguém o disperse, aquele momento é só seu. Fala-se somente coisas boas, pensa coisas boas, faz coisas boas. É um momento mágico.
Quando decola, seu espírito está em harmonia com o mundo, seu parapente é uma extensão do seu corpo. Você quer se manter no alto para ficar o mais tempo possível
Voar livre é participar do campeonato de Jaraguá, onde prima pelo espírito do voo livre que é voar e voar. Sem start gates, sem pilões a cruzar.... Voa-se simplesmente por voar, compete-se só com você mesmo. Pousar onde der para pousar, voar e voar. Que saudades.
Voar livre é chegar na rampa e só marcar a proa e deixar o vento nos levar. Não é voar em cima de uma estrada o tempo todo para "facilitar" o resgate. Voar livre é cruzar roubadas, pois a condição pode estar lá e você vai ter que encarar para se manter mais tempo no ar. Voar é pousar em roubadas também é andar kms com equipamento e estar feliz. Conhecer pessoas novas, pousar aonde nenhum piloto jamais esteve.
O voo livre é desprendido de bens materiais. É desapegar-se. O carro do voo é carro de todos. Um instrumento que todos vão utilizar da melhor forma para sua segurança. Como uma mesa de bilhar onde todos estão em volta se divertindo e não existe o dono da mesa.
Voo livre é sinônimo de Fleury. Livre por natureza, com certa ressalva de tempo e recursos, rs. Voar livre é acreditar no que disse Fleury no 1º dia que voei em Brasília "... faça seu voo, onde você pousar, a gente te pega...". Neste dia pensei “Achei meu lar”.
VEJA AQUI O PASSO A PASSO DE UMA DE UMA INSPEÇÃO DE PARAPENTE.
CONTATOS NO FINAL DO TEXTO.
Teste de Porosidade do Tecido – (Porosímetro)
Antes do processo de medição os pontos a serem medidos, deverão ser inspecionados quanto a avarias. Pequenas avarias do revestimento na área de medição adulteram o resultado, o teste será feito em 5 pontos do extradorso e 3 pontos no intra-dorso. Dos respectivos valores será criado uma média geral que representa o grau de porosidade.
Caso um dos valores desviarem muito da média, a área de medição deverá novamente ser inspecionada quanto a avarias e, eventualmente ser deslocada. Para a avaliação do estado geral do equipamento, deverá ser considerado somente o valor médio das medições da vela superior.
0 á 5 s. –> Não recomendamos usar, riscos de parachutagem
6 á 25 s. –> Muito usado, mas ainda voável
26 á 80 s. –> Usado, voável
81 á 200 s. –> Pouco usado, semi-novo
+ 200 s. –> Excelente, novo.
Obs.:
a) A tabela de parâmetros da porosidade do tecido acima, está sendo apresentada em Segundos;
b) Esta tabela de porosidade apresentada, vale somente para os velames fabricados pela SOL Sports ou seja todo fabricante deve definir sua própria tabela de porosidade.
Teste de Resistência das Linhas
- Mede-se a resistência das linhas pegando sempre a linha dos tirantes A, linha do centro sendo esta que mais sofre carga comparado as outras, tendo também um desgaste se comparados as outras em geral.
- Valores aceitáveis, neste caso existe uma variação dependendo da espessura das linhas.
- Linhas de espessura 1.1 o valor máximo quando nova 80 á 90 KG.
- Linhas de espessura 1.5 o valor máximo quando nova 130 á 140 KG.
- Linhas de espessura 2.10 o valor máximo quando nova 200 á 220 KG.
- Linhas de espessura 1.1 o valor aceitável 35 KG.
- Linhas de espessura 1.5 o valor aceitável 75 KG.
- Linhas de espessura 2.10 o valor aceitável 110 KG.
Teste de Resistência do Tecido
- Teste com aparelho Betsometer e dependendo do fabricante e tecido existe um valor aceitável para então o equipamento não colocar em riscos de rompimento de células em situações extremas – ( Assimétricas e Front-stoll )
- Valores aceitáveis: 600 Gramas, se o mesmo romper com menos de 600 gramas este será reprovado na manutenção, se este não romper daremos continuidade a revisão geral.
Inspeções Gerais e Conferências dos Elementos de Conexões dos Tirantes
- Inspeção das fitas dos tirantes.
- Costura dos tirantes.
- Conferência das medidas dos tirantes para ver se está dentro das medidas padrões conforme certificação de homologação.
- Carga de 20 KG nos tirantes.
- Conferência de simetrias dos tirantes.
- Inspeção dos mosquetinhos, lacres dos mosquetinhos, magnéticos.
Inspeções Gerais e Conferência das Linhas
- Checagem individual das linhas.
- Checagem das costuras das linhas.
- Conferencias das medidas das linhas para ver se está dentro das medidas padrões conforme norma de homologação.
- Carga 20 KG nas linhas.
- Conferência de simetria das linhas.
- As cargas nas linhas são dadas no set completo para então deixar todas as linhas nas medidas originais, pois as linhas dos tirantes C / D sofrem menos cargas podendo ter alterações das medidas, assim seu parapente ira apresentar reações e comportamentos fora do padrão – (Vela em stall) .
- Isto somente ira acontecer se este não for feito a revisão anual conforme manda as normas de homologação.
Inspeções Gerais dos Tecidos e Costuras
- Teste resistência do tecido – (Bettsometer)
- Checagem de todo tecido extradorso.
- Checagem de todo tecido intradorso.
- Checagem das partes internas sendo diagonais e perfis.
- Checagem de todas as costuras em geral.
Observações Gerais:
a) Quem define até quando a vela é voavel é o fabricante. Na fábrica a experiência tem mostrado que estes valores são aceitáveis e com margem de segurança (é claro que isto leva em conta que a trimagem do velame esta ok, dentro dos parâmetros mínimos para cada modelo). Quando a Fabrica certifica um produto este já possue um manual de inspeção, tabelas de valores mínimos para a tolerância das linhas, porosidade, resistência do tecido, resistência das linhas e a reparação das velas referente aquele modelo e este é o procedimento a ser seguido.
b) No manual tem o "check list" que deve ser obedecido rigorosamente na inspeção, isto também faz parte da homologação e deve constar no manual de cada parapente, seja ele nacional ou importado.
c) Os técnicos sabem que um parapente trimado corretamente e com a porosidade acima de 5 segundos vai voar dentro das espectativas e para manter-se em vôo com segurança deve estar acima de 20 segundos no "top" e principalmente bordo de ataque, o "botton" e as partes traseiras são meramentes informativos, não entram na avaliação final.
É por este e outros motivos que sempre que alguém tem interesse na compra de equipamentos usados, é importantíssimo que façam uma "Revisão Geral" com laudo e este deve levar em consideração o que está sendo apresentado neste tópico, pois o laudo que considera um equipamento em condições de uso, deve obedecer rigorosos critérios de inspeção.
" Premissas básicas que fazem parte da certificação de um Parapente "
Somente após esta inspeção geral, seu Parapente estará dentro das normas de Homologação.
Contatos para manutenção: @autorizadadoparapente.com.br